quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Não ignore as dores nas mamas!

   A mastalgia atinge cerca de 70% das mulheres no mundo. Apesar de ser um incômodo tão comum, suas causas não são tão conhecidas pela população. “O medo do câncer é o principal motivo que leva a mulher a procurar um médico e não propriamente o incômodo da dor”, observa a mastologista e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional Minas Gerais, Annamaria Massahud. No entanto, não é raro a dor mamária interferir nas atividades do dia a dia como, trabalho, atividade sexual e até no sono.

   A dor e sensibilidade na mama podem ir e vir com a menstruação (cíclicas) ou pode não seguir qualquer padrão (não-cíclicas). A dor na mama cíclica é o tipo mais comum. Ela pode ser resultado das variações hormonais e geralmente ocorre em ambas as mamas, sendo descrita como um peso ou dor que irradia para a axila e braço todos os meses. A dor costuma ser mais intensa antes da menstruação e, muitas vezes, alivia quando um período termina. É mais comum na juventude, podendo desaparecer após a menopausa ou, mesmo sem tratamento, em qualquer fase da vida.

   A dor na mama não cíclica é mais incidente em mulheres entre os 30 a 50 anos de idade, podendo ocorrer em apenas uma das mamas. É muitas vezes descrita como uma dor aguda ou uma queimação que atinge uma área de uma mama. Ocasionalmente, a dor não cíclica pode ser provocada por um fibroadenoma ou um cisto. Uma vez encontrada a causa do sintoma, o tratamento para alívio da dor pode ser iniciado.

Causas
   Às vezes, não é possível identificar a causa exata da mastalgia. Os fatores que contribuem para a formação do quadro podem incluir uma ou mais das seguintes opções:

Hormônios reprodutivos - A dor cíclica na mama parece ter uma forte ligação com os hormônios reprodutivos e ciclo menstrual. Justamente por isso, a dor muitas vezes desaparece durante a gravidez ou após a menopausa. Em alguns casos, o uso de anticoncepcionais também pode amenizar a dor mamária relacionada ao ciclo menstrual.
Composição da mama – A dor na mama não cíclica é resultado, muitas vezes, de condições que afetam a composição mamária, tais como cistos, trauma, cirurgia ou outros fatores localizados no peito. A dor mamária também pode iniciar na parede torácica, músculos, articulações ou coração e irradiar para o peito.

Desequilíbrio de ácidos graxos - Um desequilíbrio de ácidos graxos dentro das células pode afetar a sensibilidade do tecido mamário e nas taxas de hormônios circulantes, causando a dor.

Uso de medicação - Certos medicamentos hormonais, incluindo alguns tratamentos de infertilidade e pílulas anticoncepcionais orais, podem estar associados com  essa dor. Além disso, sensibilidade nos seios é um possível efeito colateral da terapia hormonal com estrogênio e progesterona.

Tamanho das mamas - Mulheres com mamas grandes podem apresentar dor no peito, não cíclica, além de dores no pescoço, nos ombros e nas costas em razão desse volume.
Cirurgia da mama - Em alguns casos, uma cirurgia realizada na mama pode causar dor durante a recuperação, enquanto as incisões estão em processo de cicatrização.

   Além disso, atividades físicas também podem provocar dor mamária. Nesse caso, o uso de um sutiã próprio para as práticas esportivas é o mais recomendado para prevenção da mastalgia e, em alguns casos, é parte do tratamento para o alívio das dores. Alterações nos medicamentos de que a paciente faz uso e estresse também podem causar dores na região.

Dor nas mamas é um sintoma de câncer de mama?
   Mamas fibrocísticas e dores não significam que a pessoa tem maior risco de desenvolvimento do câncer de mama. No entanto, a consulta médica é necessária quando:

- A dor é constante ao longo do mês, isto é, sem flutuações no nível de dor, e localizada em apenas uma área do peito;
- A pessoa deseja buscar tratamentos para a dor mamária, que está incomodando;
- A dor persistir após o tratamento indicado pelo médico;
- Em caso de cirurgia na mama, sentir dores além do tempo indicado pelo médico como normal da recuperação.

   Na consulta, o médico fará o exame clínico da mama e avaliará a necessidade de investigar a causa da mastalgia, podendo solicitar exames como a mamografia, ultrassonografia ou biópsia por agulha para o diagnóstico. Em alguns casos, não é necessário nenhum exame para identificação da causa, bem como para tratá-la.

FONTE: MINHAVIDA e UAI

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