sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Os riscos da fibromialgia


Fibromialgia é uma doença associada à sensibilidade do indivíduo frente a um estímulo doloroso nas articulações, nos músculos, tendões e em outros tecidos moles por mais de três meses. Embora não acarrete deformidade física ou outros tipos de sequela à pessoa acometida por fibromialgia, gera prejuízos à sua qualidade de vida, no desempenho profissional e na vida social.

As causas do transtorno ainda são desconhecidas, mas existem vários fatores que podem favorecer suas manifestações, como doenças, mudanças hormonais e traumas emocionais ou físicos. É mais comum em mulheres (80% dos casos) e recorrente em pessoas da mesma família.

Os principais sintomas são:

- fadiga: pessoas acometidas por fibromialgia frequentemente acordam com a sensação de cansaço, mesmo após muitas horas de sono. Problemas de apneia, insônia ou despertar em razão da dor são bastante comuns;

- dificuldades cognitivas: dificuldades em se concentrar, memorizar, prestar atenção e focar em atividades que demandem esforço mental;

- dores: além de dores nas articulações, músculos e tendões, são comuns dores de cabeça recorrentes ou enxaqueca e dor abdominal sem causa conhecida;

- dormência e formigamento nas mãos e nos pés;

- palpitações;

- redução na capacidade de se exercitar.

O diagnóstico da fibromialgia é feito clinicamente, isto é, por meio da história dos sintomas e do exame físico. Não existem testes laboratoriais que possam realizar o diagnóstico, mas o médico pode solicitar exames de sangue para que outras doenças, com sintomas e características parecidos, sejam descartadas entre os possíveis diagnósticos.


O tratamento de fibromialgia é mais eficaz quando são unidos medicamentos e cuidados não medicamentosos, como praticar exercícios e evitar o estresse. O objetivo é evitar a incapacidade física, minimizar os sintomas e melhorar a saúde de modo geral.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

A relação de excesso de trabalho com AVC

O trabalho em excesso está ligado a um maior risco de problemas coronarianos e de acidentes vasculares cerebrais (AVCs), revela um estudo publicado na revista médica britânica The Lancet.

Um estudo que avaliou 600 mil pessoas naturais da Europa, Estados Unidos e Austrália aponta que trabalhar mais de 55 horas por semana aumenta em 33% o risco de sofrer um AVC e em 13% a possibilidade de desenvolver um problema coronariano, em relação a quem trabalha entre 35 e 40 horas por semana.

A pesquisa concluiu que o risco de AVC aumenta paralelamente com a duração do trabalho: 10% entre as pessoas que trabalham entre 41 e 48 horas, 27% entre as que trabalham entre 49 e 54 horas, e 33% além das 55 horas.
"Os profissionais de saúde deveriam ter consciência de que longos períodos de trabalho estão associados a um risco significativo de sofrer AVC e de desenvolver problemas coronários", disse Mika Kivimäki, professor de epidemiologia da University College de Londres e coordenador do estudo.

O papel do estresse em várias doenças vasculares já foi objeto de numerosos estudos. A influência da carga horária de trabalho até o momento não tinha sido analisada a fundo.
Ao comentar a pesquisa, o doutor Urban Janlert, da universidade sueca de Umea, destacou que entre os membros da OCDE (Organização para Cooperação Econômica e de Desenvolvimento), a Turquia responde pelo maior percentual de trabalhadores atuando por mais de 50 horas semanais (43%), e a Holanda está na outra ponta (1%).

Atrás da Turquia, estão México (28,8%) e Coreia do Sul (27,1%). A França ocupa a nona posição (8,7%), segundo números da OCDE. No Brasil, a carga de horário de trabalho é de 45 horas semanais, sendo 60 minutos destinados ao almoço e descanso.
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FONTE: EXAME

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Câncer ginecológico: conheça os sintomas

De acordo com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), órgãos sexuais femininos correspondem a 19% dos casos de câncer que surgem a cada ano em todo o mundo. Apesar disso, poucas mulheres conhecem – e, consequentemente, previnem – os tumores ginecológicos.

Câncer do colo do útero - É o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama e do colorretal. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), essa já é a quarta causa de morte de mulheres por essa doença no país.
‘Na maioria dos casos, a doença está relacionada ao vírus HPV, que é sexualmente transmissível. Por isso, a maneira que temos para prevenir e diminuir o número de casos é reduzir consideravelmente o número de parceiros sexuais, usar sempre o preservativo e fazer os exames ginecológicos periodicamente’, explica o oncologista Alexandre Fonseca. É importante que a mulher comece a fazer exames preventivos a partir da primeira menstruação. ‘O uso da vacina é um método eficaz para as meninas que ainda não tiveram relações sexuais, pois elas têm maior possibilidade de desenvolver anticorpos de proteção ao HPV’.

Câncer do ovário – É mais difícil de ser diagnosticado. Na fase inicial, não causa sintomas específicos, dificultando o diagnóstico precoce. Em 75% dos casos, os tumores malignos do ovário só se manifestam em estágio avançado. À medida que o tumor cresce, ele pode comprimir outros órgãos e estruturas, produzindo sintomas como: aumento do volume abdominal, constipação intestinal ou diarreia, dores em várias partes do corpo e massa abdominal palpável.
Fique atenta: ‘O exame ginecológico de rotina associado à ultrassonografia pode mostrar achados suspeitos, motivando a investigação com novos exames complementares, como a tomografia e o marcador tumoral CA125. A partir  desses resultados, é indicada uma cirurgia para diagnosticar e identificar o estágio da doença’, explica o oncologista.

Câncer do endométrio - É o tumor de corpo uterino mais frequente. Como os outros tipos, a falta de exames preventivos aumenta significativamente a porcentagem de ocorrência e a possível mortalidade por esse tipo de câncer. ‘O principal sintoma desse tipo de câncer é o sangramento uterino anormal, sobretudo após a menopausa. Para comprovar o diagnóstico, deve ser realizada uma biópsia do endométrio, especialmente se ele estiver alterado. Após a menopausa, é importante investigar qualquer sangramento uterino, mesmo que a suspeita do câncer seja descartada’, informa o oncologista.


Câncer da vagina - É raro e representa aproximadamente 1% dos tumores ginecológicos. Os tipos que ocorrem são tumores escamosos, adenocarcinoma, melanoma e sarcoma. Comumente são tumores secundários, decorrente de metástases de outros órgãos da região ginecológica e do intestino grosso. ‘O tratamento varia de acordo com cada paciente. Pode ser cirúrgico ou radioterápico’, diz o médico.