segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Ataque ou síndrome do pânico: você sabe a diferença?

A ansiedade é um estado emocional que faz parte da vida. Mas quando ela passa a afetar negativamente o dia a dia, há um problema.

Antes de uma prova, a ansiedade é um estado de ânimo produtivo e que faz com que o estudante esteja alerta e preparado para o desafio. Em excesso, ela pode prejudicar seu desempenho, mesmo após hora de estudos do conteúdo.

Quando uma pessoa não consegue seguir sua rotina normalmente, seja no trabalho, na escola ou na vida social, ela pode estar sofrendo de um transtorno de ansiedade. A síndrome do pânico é um desses transtornos e, embora seja comum nos dias de hoje, seus sintomas ainda são desconhecidos por muitos.

 “Muitas pessoas podem ter síndrome do pânico e não saberem por não reconhecerem os sintomas”, alerta Ana Luiza Lourenço Simões Camargo, psiquiatra do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE).

Primeiros sintomas
A síndrome é caracterizada pela sucessão repentina de crises de pânico. A sensação horrível trazida por esses episódios faz com que a pessoa altere sua rotina, com medo de que o processo possa se repetir. “Na prática, isso significa que alguém que teve uma crise enquanto dirigia, deixa de dirigir; se a crise foi crise no metrô, deixa de utilizar esse meio de transporte”, explica a psiquiatra.

As crises impedem que se leve uma vida normal. Há casos em que a pessoa deixa de sair de casa ou não sai mais sozinha. A lógica é a seguinte: passa-se a viver na expectativa de novas crises e busca-se estar sempre em situação em que seja possível encontrar ajuda. “Quem sofre da síndrome do pânico tem a preocupação persistente de ter novos ataques”, diz a Dra. Ana Luiza.

Durante a crise, que tem seu ápice aos 10 minutos normalmente, pelo menos quatro dos seguintes sintomas se manifestam:
- Palpitação
- Taquicardia
- Suor em excesso
- Tremor
- Náusea
- Tontura
- Sensação de não conseguir respirar
- Medo de perder o controle
- Medo de morrer

Mulheres x Homens
A síndrome pode acometer todas as idades, mas ocorre principalmente em adultos jovens, por volta dos 25 anos. Um estudo do National Comorbidity Survey (NCS), dos EUA, aponta que 71% das pessoas com síndrome do pânico são mulheres e apenas 29%, homens.

Segundo a Dra. Ana Luiza, ainda não há uma conclusão científica que relacione a maior incidência às mulheres. “Alguns casos podem não ser diagnosticados porque os homens normalmente buscam menos auxílio”, analisa a psiquiatra.

De onde vem?
Não há uma causa específica para a síndrome de pânico até o momento, mas algumas hipóteses. Uma delas trata dos fatores genéticos, uma vez que 35% dos familiares de primeiro grau de pacientes com transtorno de pânico também desenvolvem o problema.

Outra hipótese levantada é de que os portadores têm uma disfunção neurológica do sistema de alerta. “Quando passamos por alguma situação que causa medo, nosso sistema de alerta é acionado pelo cérebro. Quem sofre da síndrome pode ter uma disfunção nesse sistema e desencadear uma crise sem uma causa determinante”, pontua a psiquiatra.

Como cuidar
O tratamento para a síndrome do pânico inclui cuidar da doença em si e dos problemas que podem estar associados a ela como, por exemplo, a depressão. Os medicamentos mais utilizados são os antidepressivos e ansiolíticos, associados à psicoterapia. Essa junção costuma obter bons resultados.


“No tratamento, procuramos mostrar ao paciente que, por mais desconfortável que pareçam os ataques, ele não vai morrer por causa deles”, diz a Dra. Ana Luiza. Com o tempo, os sintomas podem cessar completamente ou serem controlados, tornando-se mais leves. “Isso dependerá de cada paciente”, conclui.

FONTE: EINSTEIN

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

A alimentação correta das crianças de acordo com a faixa etária

Saiba como montar as refeições em cada fase da infância


Respeitar as peculiaridades de cada fase do desenvolvimento humano é primordial para a saúde física e também a psicológica. Pular etapas, principalmente na infância e na adolescência, prejudica o amadurecimento e pode ter consequências na vida adulta e na velhice. No que diz respeito à alimentação, isso é ainda mais palpável, pois as consequências são rápidas e visíveis. “A relação com a alimentação tem um papel fundamental no bem-estar físico, emocional e social da criança. Hábitos incorretos resultam em inúmeros prejuízos, envolvendo doenças como desnutrição, anemia, raquitismo, obesidade, além de déficit no crescimento”, afirma a nutricionista Erika Romano.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a alimentação infantil vai do nascimento até o fim da adolescência, aos 19 anos de idade. A atenção à nutrição deve começar já na primeira mamada do recém-nascido, como explica Tamara Lazarini, mestre em nutrição pela Universidade de São Paulo (USP), gerente do departamento científico da Danone Baby e ex-presidente da Associação Paulista de Nutrição (APAN): “As bases da alimentação são fixadas na infância e os mil primeiros dias são cruciais para determinar o futuro da criança”.

A nutricionista Fabiana Borrego, especializada em Nutrição Clínica e em padrões gastronômicos, ressalta que o papel da família é relevante nesse momento. “Estudos mostram que o filho que faz ao menos quatro refeições por semana com a família tem menos risco de desenvolver transtornos alimentares, agressividade e inapetência (ausência de apetite). Mas muito da alimentação incorreta das crianças está no comportamento dos pais: para ajudá-las, é preciso antes mudar o padrão alimentar dos adultos. Precisamos mostrar o mundo maravilhoso dos alimentos para todos. Hoje em dia, todos querem comida rápida e prática de ser consumida, mas fruta também é ‘fast food’. Tem coisa mais rápida que pegar uma maçã para comer?”, sugere.

“Será que meu filho está comendo direito?”

Se o filho come até o último grão de arroz do prato a cada refeição ou se ele deixa restos não importa tanto: pais sempre tenderão a se preocupar se ele está comendo o suficiente. Isso é bom, mas não deve causar desespero, segundo Fabiana: “É um pensamento até ‘antigo’, pois cada criança tem uma necessidade nutricional diferente, um biotipo próprio. Às vezes, ela não raspa o prato, mas o que comeu é suficiente para nutri-la”.

FONTE: IG

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Conheça roupas e calçados mais adequados para fazer exercícios


A escolha da roupa certa para malhar é algo que merece total atenção. Especialista em fisiologia do exercício, o professor Ricardo Wesley, da Cia Athlética, diz que é um erro muito comum acreditar que, quanto mais quente for a roupa escolhida para o exercício, mais a pessoa irá suar e emagrecer.

A transpiração, no entanto, não indica que o aluno está emagrecendo e, sim, que está eliminando água e sais minerais. O peso perdido será reposto no primeiro copo d'água. Por esse motivo, é importante usar roupas leves e frescas, visando a não interferir no processo de transpiração. Se você bloqueia a saída do suor com roupas pesadas, poderá ficar desidratado, com pressão baixa e, em casos mais graves, até desmaiar.

Problemas de saúde também podem surgir com o uso de roupa inadequada. "Se a roupa estiver muito apertada, a pessoa pode ter problemas de circulação sanguínea, ou até mesmo de pele", esclarece Ricardo. Depois do exercício, deve-se remover a roupa molhada de suor o quanto antes. Manter-se com a roupa úmida pode prejudicar seu sistema imunológico, além de provocar problemas dermatológicos, como micoses. Para quem transpira muito, a dica é usar camisetas de tecido dry fit, que fazem o suor evaporar mais rápido, dissipando o calor e melhorando o desempenho. Clássicos, o algodão e a lycra também são uma boa pedida.

No caso de tops femininos, o ideal são os do tipo nadador ou cruzado nas costas para quem corre ou faz alguma outra atividade de impacto (pular corda, body jump, vôlei, handebol etc.) 

Outro erro clássico, segundo Ricardo, é acreditar que qualquer tênis serve para fazer todas as modalidades. "Muitos alunos usam um calçado bonito, mas que não serve para atividade física. Principalmente aqueles que têm uma sola muito alta, ou mesmo que não têm amortecimento nenhum", explica.

As consequências da escolha errada do tênis variam de pessoa para pessoa. É preciso considerar o tipo de pisada, sendo elas classificadas em: pronada (para dentro), supinada (para fora) ou neutra. O ideal é procurar um ortopedista para que seja avaliado se o pé da pessoa demanda algum cuidado especial. E lembre-se: o barato pode sair caro. A escolha do tênis errado pode provocar entorses no tornozelo, lesões no tendão de Aquiles, problemas nas costas, joelhos e quadril, além de bolhas, hematomas, unhas encravadas e até mesmo fraturas por estresse nos ossos dos pés, nos casos mais graves. Para manter os pés secos e livres de chulé, use sempre meias de algodão.

Na hora da musculação, use luvas para não ficar com calos. Existem modelos em neoprene que, apesar de mais resistentes, tiram um pouco a sensibilidade das mãos na hora de pegar nos aparelhos. Outra opção são as luvas em tecido de secagem rápida (semelhante às usadas no ciclismo) que são mais finas, mas, por outro lado, dão maior aderência.

Se for praticar atividades ao ar livre, lembre-se de sempre usar um boné para se proteger do sol. Evite aqueles feitos de algodão, que ficam úmidos com o suor e dê preferência aos tecidos que permitem a evaporação rápida.

FONTE: MINHA VIDA