Os malefícios do ar são perceptíveis desde a ardência e
desconforto da garganta e mucosas até o agravamento de doenças como a asma
brônquica e o enfisema pulmonar.
A poluição contribui para o desenvolvimento de problemas
cardiovasculares e pulmonares. Seu efeito se assemelha ao do cigarro, sendo
percebido após décadas de exposição.
Pesquisas indicam que os riscos de câncer em indivíduos que
vivem muito tempo em grandes centros urbanos aumentam consideravelmente.
Confira abaixo algumas perguntas e respostas frequentes
sobre o assunto:
Quais são os poluentes mais nocivos?
Os combustíveis à base de petróleo e que são emitidos pelos
veículos diariamente são os poluentes mais agressivos. Eles geram substâncias
altamente tóxicas que, ao serem inaladas, provocam alterações que vão desde uma
simples irritação nos olhos ou nariz até o aumento das chances de cardiopatias
e câncer.
Outros poluentes são os metais presentes em partículas
microscópicas na atmosfera e que são facilmente inalados. Eles se concentram em
áreas de tráfego intenso e podem provocar cardiopatias, além de mal de
Alzheimer, Parkinson e distúrbio de ansiedade. Estudos constataram alterações
cerebrais em camundongos que respiraram essas substâncias.
Qual o limite de tolerância do ser humano?
A tolerância à poluição depende de cada pessoa, uma vez que
todos nós somos dotados de características pessoais e genéticas próprias.
Asmáticos ou pessoas debilitadas por doenças sérias, por exemplo, sentem mais
os efeitos da poluição do que pessoas saudáveis.
A poluição diminui a expectativa de vida?
Sim, embora também devam ser considerados fatores genéticos,
hereditários e hábitos de vida individuais. Esse número é resultado de vários
estudos conduzidos pelo Laboratório de Poluição da Universidade de São Paulo
(USP) sobre os efeitos da poluição na saúde.
Um dos trabalhos mais recentes analisou mudanças no
organismo de ratos expostos diariamente ao ar da cidade de São Paulo,
distribuídos em vários pontos estratégicos da metrópole. Esses animais
desenvolveram doenças respiratórias como asma e rinite, tiveram seu sistema
imunológico fragilizado e aumentaram os riscos de problemas graves, como
cardiopatias e câncer.
Áreas arborizadas são capazes de controlar os efeitos da
poluição?
As árvores purificam o ar, funcionando como
filtros, mas também sofrem com a poluição. Os efeitos desse estrago são o desfolhamento, principalmente dos galhos voltados para o trânsito, a perda da cor das folhas, que ficam opacas e escuras e o desaparecimento dos líquens que ficam nos troncos. Esses sinais servem como medidores da qualidade do ar.
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FONTE: UOL