quarta-feira, 15 de julho de 2015

Enxaqueca: Saiba identificá-la e como prevenir crises

 Enxaqueca é uma doença neurovascular que se caracteriza por crises repetidas de dor de cabeça que podem ocorrer com uma frequência bastante variável: alguns pacientes apresentam poucas crises durante toda a vida, enquanto outros relatam diversos episódios a cada mês. Uma crise típica de enxaqueca é reconhecida pela dor que envolve metade da cabeça, piora com qualquer atividade física e está geralmente associada à náusea, vômitos e desconforto com a exposição à luz e sons altos, podendo durar até 72 horas. Um conjunto de sintomas neurológicos, chamados de aura, costuma acompanhar o quadro de dor.
   Aura se apresenta geralmente um pouco antes da dor de cabeça, sendo a do tipo visual a mais comum. Pode se apresentar como flashes de luz, como falhas no campo visual ou imagens brilhantes em ziguezague. Outros sintomas neurológicos são mais raros.
   A enxaqueca é uma doença muito mais comum do que se imagina. Estudos mostram que o mal chega a afetar cerca de 20% das mulheres e 5 a 10% da população masculina. Trata-se de uma doença crônica de alto custo pessoal, social e econômico. Entretanto, é subestimada como uma dor de cabeça simples, afastando a possibilidade de tratamento com medicamentos específicos.
   Nem sempre o paciente apresenta todos os sintomas típicos de enxaqueca, mas um médico é capaz de detectar a doença pelo quadro clínico. A avaliação médica é fundamental para excluir outras causas de dor de cabeça, antes de iniciar o devido tratamento.

   Fatores desencadeantes são estímulos capazes de determinar o surgimento de uma crise de enxaqueca nos indivíduos predispostos. Para cada paciente os estímulos variam, mas os mais comuns são:

- estresse;
- sono prolongado;
- jejum;
- traumas cranianos;
- ingestão de certos alimentos como chocolate, laranja, comidas gordurosas e lácteas;
- privação da cafeína, nos indivíduos que consomem grandes quantidades de café durante a semana e não repetem a ingestão durante o fim de semana;
- uso de medicamentos vasodilatadores;
- exposição a ruídos altos, odores fortes ou temperaturas elevadas;
- mudanças súbitas da pressão atmosférica, como as experimentadas nos voos de grandes altitudes;
- alterações climáticas;
- exercícios intensos;
- queda dos níveis hormonais que ocorre antes da menstruação.
   A identificação de possíveis fatores desencadeantes das crises é fundamental para obter um efetivo controle da doença. Algumas dicas preventivas para o aparecimento de novas crises são:

- distribuir adequadamente a carga de trabalho, evitando acúmulo no escritório e o estresse de levar trabalho para casa;
- evitar estender o sono além do horário usual de acordar;
- evitar fadiga excessiva;
-  alimentar-se em horários regulares e não “pular” refeições;
- eliminar os alimentos identificados como desencadeantes das crises;
- reduzir a ingestão de café e chá;
- evitar o uso de analgésicos sem supervisão médica;
- evitar exposição a luzes, ruídos e cheiros fortes;
- não praticar exercícios físicos em dias muito quentes.

   As crises podem ser classificadas em três níveis, de acordo com a capacidade da doença em comprometer a realização de atividades do cotidiano: as leves não interferem, as moderadas interferem e as graves incapacitam o paciente a realizá-las.

   As crises leves muitas vezes se resolvem com medidas simples como sono ou repouso. Já as crises moderadas e graves devem receber tratamento medicamentoso, orientado por um médico.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Entenda o que é Hérnia de Disco e como identificar seus sintomas

Os discos intervertebrais são estruturas com formato de anel, localizadas entre as vértebras que formam a coluna espinhal. Eles são constituídos por tecido cartilaginoso e elástico e têm como principal função evitar o atrito entre uma vértebra e outra, permitindo o movimento entre elas.
   A hérnia de disco acontece com o desgaste desses discos, decorrente do seu uso repetitivo. Quando esse transtorno ocorre, parte de um disco sai de sua posição normal e passa a comprimir as raízes dos nervos, causando pressão sobre elas e, consequentemente, dor.
   O desgaste pelo tempo é a principal causa da doença, mas há outros fatores que podem desencadear o problema, tais como: levantamento de peso excessivo e demais atividades que demandam grande esforço dos músculos das costas, movimentos de repetição no trabalho, acidentes ou injúrias (ainda que os dois últimos sejam casos mais raros). Há também evidências de que a genética possa estar associada a essa deformação.
   Ainda que na maioria dos casos o paciente sinta dores insuportáveis, sobretudo nas regiões lombar e cervical da coluna (na nuca), é possível ter hérnia de disco e não se dar conta disso.

Listamos a seguir os principais sintomas da doença:

- Prostração e sensação de formigamento;

- Sensação de fraqueza por causa dos músculos das costas prejudicados pela hérnia de disco.

   Procure um médico em caso dores fortes e persistentes nas costas, qualquer sensação de dormência, perda de movimento, fraqueza ou alterações de hábitos urinários e intestinais.

   O primeiro tratamento para a hérnia de disco é um período curto de repouso com medicamentos analgésicos, seguido por fisioterapia.
   Nas sessões, o paciente receberá orientações sobre posições e exercícios capazes de minimizar as dores, além de recomendações sobre como utilizar compressas quentes ou frias, tração, estímulos elétricos e imobilização temporária do pescoço e da parte inferior das costas.
   A maioria das pessoas que segue esses tratamentos se recupera e retorna a suas atividades normais. Alguns casos necessitam de outros tratamentos, como cirurgia e injeção de esteróides, mas são mais raros.


sexta-feira, 3 de julho de 2015

Teste do Pezinho: O que ele pode detectar na sua saúde

 Basta uma picadinha no calcanhar do neném, após as primeiras 48 horas de vida, para o diagnóstico de algumas doenças, o tratamento precoce adequado e evitar consequências graves no futuro. A amostra do teste do pezinho pode ser feita até o 5º dia de vida da criança.
  “Esse período de dois dias antes do exame é essencial para que o funcionamento do organismo do bebê se estabeleça e seja possível detectar certas doenças, principalmente a fenilcetonúria, que é diagnosticada após a digestão do leite materno ou da fórmula infantil”, explica a neonatologista Graziela Lopes del Bem. “Prematuros devem voltar ao hospital após 30 dias para uma nova etapa de exames”, diz Renato Kfouri, neonatologista e presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM).
  A amostra de sangue é coletada do calcanhar do bebê porque a região tem boa irrigação sanguínea e gera menos dor.

  O exame básico é obrigatório e gratuito no Brasil desde 1992. Este teste permite detectar hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme e demais hemoglobinopatias.
  Na rede privada, a maioria das maternidades oferece o teste ampliado que, na versão conhecida como Mais, detecta mais seis doenças, além das mencionadas na versão básica, como toxoplasmose congênita e hiperplasia adrenal congênita. Há ainda o teste Super, que é capaz de diagnosticar até 48 patologias.
  O resultado pode demorar até 30 dias e é fundamental que os pais se informem no hospital como devem fazer para obter o resultado. Caso haja alguma alteração, uma nova coleta deverá ser solicitada para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento.

Conheça as patologias diagnosticáveis no Teste do Pezinho básico:

FENILCETONÚRIA - O acúmulo no organismo do aminoácido fenilalanina pode causar distúrbios cognitivos.

HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO - Decorrente da insuficiência do hormônio da tireoide. A falta de tiroxina pode causar retardo mental e comprometimento do desenvolvimento físico.

ANEMIA FALCIFORME E OUTRAS HEMOGLOBINOPATIAS - Alteração da hemoglobina que dificulta a circulação, podendo afetar quase todos os órgãos. Pode causar anemia, atraso no crescimento e dores e infecções generalizadas. É incurável.


FIBROSE CÍSTICA - Aumento da viscosidade das secreções, propiciando as infecções respiratórias e gastrointestinais. Atinge pulmões e pâncreas. É incurável.

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