Também conhecida como síndrome da dor patelo-femoral ou joelho do corredor, a condropatia patelar consiste em uma espécie de “amolecimento” (desgaste) da cartilagem, impossibilitando que a pessoa execute normalmente o ato de esticar a perna, dobrar o joelho ou descer escadas e rampas.
Não existe uma causa exata, mas a sua etiologia pode estar relacionada com fatores anatômicos, histológicos e fisiológicos, sendo o mais comum o traumatismo crônico, como pancadas e fricções entre a patela e o sulco patelar do fêmur.
O desgaste da cartilagem, chamado de condropatia, afeta principalmente as mulheres jovens, muitas vezes por conta da anatomia dos joelhos. Quando estes são voltados para dentro, ocorre o deslocamento da patela, que entra em contato com a lateral externa do fêmur e acaba sofrendo uma deformidade da cartilagem em seu interior.
Os principais sinais da patologia são:
– Inchaço e dor constante no meio do joelho;
– Dor ao realizar corrida, ao descer ou subir escadas, ao ficar muito tempo sentado ou realizar agachamentos e demais situações que envolvam a flexão das pernas;
- Rangidos ou estalos na região anterior do joelho.
“O diagnóstico precoce é imprescindível para o tratamento. A doença tem 4 graus, podendo até causar um grande desgaste da cartilagem, levando o paciente à intervenção cirúrgica”, explica o ortopedista Weldson Muniz, do Hospital Santa Luzia.
Muniz esclarece ainda que a cirurgia pode consistir em um realinhamento patelar, conhecido por artroscopia (procedimento minimamente invasivo para tratamento dos danos do interior de uma articulação), artroplastia (colocação de uma prótese que substitui a articulação), entre outras possibilidades.
Em casos menos graves, o tratamento indicado é baseado em fisioterapia, anti-inflamatório e viscosuplementação (injeção de substâncias no joelho para melhorar a nutrição da cartilagem).
De toda maneira, pela pouca vascularização do tecido cartilaginoso, não há uma reciclagem celular satisfatória e os processos cicatriciais não conseguem recuperar o tecido lesionado. Assim, o tratamento visa a estabilizar a lesão e não curá-la por completo. O objetivo é minimizar os sintomas da doença até que esta não incomode ou limite o paciente.
“Evitar o uso de sapatos de salto alto e atividades físicas em locais íngremes são atitudes que também ajudam”, relata Muniz.
Tratamento com Fisioterapia
A fisioterapia pode auxiliar, especialmente no fortalecimento de alguns músculos e de exercícios que enfatizam o alongamento. Músculos fortes permitem que o joelho tenha boa estabilidade, além de tornar mais fáceis as atividades que exijam muito do joelho. O treinamento de força também fortalece a cartilagem, deixando-a mais resistente aos possíveis desgastes.
Recomendações
– Durante o tratamento é muito importante não sobrecarregar o joelho, fazendo-o descansar para evitar os inchaços e prevenir o retorno do problema;
– Evite saltos. Seu uso poderá agravar uma condição inicial;
– Com relação ao retorno aos esportes, são recomendados treinos iniciais com intensidade leve.
Lembramos também que a movimentação feita de maneira correta não é referente apenas ao joelho. Seja em atividades domésticas do dia a dia, no trabalho, no lazer ou no esporte, o corpo todo deve se movimentar de forma coesa.
FONTE: SUA CORRIDA, EXAME ABRIL e FISIOTERAPIA MANUAL
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