quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Entenda os cuidados necessários com o Diabetes Gestacional


O aumento do teor de açúcar no sangue, em decorrência da atuação dos hormônios durante a gestação, gera consequências para a mãe e para o feto. Quadro exige investigação constante


O desenvolvimento de diabetes na gravidez pode ter razões que vão além das alterações hormonais. Entre os motivos mais comuns estão redução ou eliminação total da prática de atividades físicas e aumento de ingestão calórica.

Diagnóstico
Entre os exames de rotina do pré-natal, são solicitados alguns específicos para o rastreio da doença, desde a primeira consulta.  Se o resultado do primeiro exame for normal e a mulher não tiver fatores de risco, a médica só deverá solicitar uma nova avaliação entre o quinto e sétimo mês de gestação (da 24ª a 32ª semana). Caso o índice esteja limítrofe , a paciente será submetida ao teste de tolerância à glicose.

Fatores de risco

Antes mesmo dos exames iniciais, o obstetra avaliará durante a consulta os seguintes fatores de risco:

- Ter histórico de diabetes na família, sobretudo entre parentes de primeiro grau (pais, avós e irmãos);
- Ter IMC (índice de massa corpórea) pré-gestacional superior a 30;
- Ter mais de 25 anos;
- Ter diabetes dos tipos 1 e 2 (gravidez de alto risco);
- Ser portadora da síndrome dos ovários policísticos;
- Ser hipertensa ou estar com hipertensão durante a gravidez;
- Se, em gravidez anterior, o bebê nasceu com 4 kg ou mais;
- Se, em gravidez anterior, desenvolveu diabetes gestacional;
- Açúcar na urina na primeira consulta de pré-natal;
- Histórico pessoal de intolerância à glicose;
- Perdas anteriores de bebês durante a gestação, sem causa aparente, ou nascimento de crianças com má formação, também sem causa aparente;
- Uso atual de medicações à base de corticoides;

A gestante deverá controlar o perfil glicêmico e avaliar a necessidade de uso de insulina, caso ainda não seja feito. O ideal é que, além do acompanhamento da obstetra, a gestante faça consultas regulares a endocrinologista.

Tratamento

Uma dieta orientada por uma nutricionista e a prática de atividades físicas acompanhadas por um profissional capacitado, ambos sob o conhecimento da obstetra, são muito importantes. Eventualmente, o uso de medicamentos poderá ser solicitado.
Para o controle do nível de açúcar no sangue da paciente, são realizados testes com regularidade e, muitas vezes, a internação hospitalar é necessária.

Riscos para o bebê

Os riscos para o bebê no período gestacional e neonatal são altos e estão relacionados ao início, à duração e à gravidade do quadro. O aumento do açúcar no sangue materno no início da gravidez conduz à elevação das taxas de abortos espontâneos.
Malformações congênitas, prematuridade, problemas respiratórios e complicações metabólicas como hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue do bebê) são os problemas mais frequentes.

O parto

Se os níveis do açúcar estiverem perto do normal e não houver outras complicações, o bebê poderá nascer com nove meses e até mesmo de parto normal.

Prevenção

Depois de dar à luz, a maioria das mulheres com diabetes gestacional volta ao seu nível normal de glicemia. No entanto, quem teve a doença apresenta maior risco de desenvolvimento de diabetes ao longo da vida e, por isso, é importante dar continuidade ao acompanhamento médico.

-
FONTE: MINHA VIDA

Nenhum comentário:

Postar um comentário