quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Câncer ginecológico: conheça os sintomas

De acordo com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), órgãos sexuais femininos correspondem a 19% dos casos de câncer que surgem a cada ano em todo o mundo. Apesar disso, poucas mulheres conhecem – e, consequentemente, previnem – os tumores ginecológicos.

Câncer do colo do útero - É o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama e do colorretal. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), essa já é a quarta causa de morte de mulheres por essa doença no país.
‘Na maioria dos casos, a doença está relacionada ao vírus HPV, que é sexualmente transmissível. Por isso, a maneira que temos para prevenir e diminuir o número de casos é reduzir consideravelmente o número de parceiros sexuais, usar sempre o preservativo e fazer os exames ginecológicos periodicamente’, explica o oncologista Alexandre Fonseca. É importante que a mulher comece a fazer exames preventivos a partir da primeira menstruação. ‘O uso da vacina é um método eficaz para as meninas que ainda não tiveram relações sexuais, pois elas têm maior possibilidade de desenvolver anticorpos de proteção ao HPV’.

Câncer do ovário – É mais difícil de ser diagnosticado. Na fase inicial, não causa sintomas específicos, dificultando o diagnóstico precoce. Em 75% dos casos, os tumores malignos do ovário só se manifestam em estágio avançado. À medida que o tumor cresce, ele pode comprimir outros órgãos e estruturas, produzindo sintomas como: aumento do volume abdominal, constipação intestinal ou diarreia, dores em várias partes do corpo e massa abdominal palpável.
Fique atenta: ‘O exame ginecológico de rotina associado à ultrassonografia pode mostrar achados suspeitos, motivando a investigação com novos exames complementares, como a tomografia e o marcador tumoral CA125. A partir  desses resultados, é indicada uma cirurgia para diagnosticar e identificar o estágio da doença’, explica o oncologista.

Câncer do endométrio - É o tumor de corpo uterino mais frequente. Como os outros tipos, a falta de exames preventivos aumenta significativamente a porcentagem de ocorrência e a possível mortalidade por esse tipo de câncer. ‘O principal sintoma desse tipo de câncer é o sangramento uterino anormal, sobretudo após a menopausa. Para comprovar o diagnóstico, deve ser realizada uma biópsia do endométrio, especialmente se ele estiver alterado. Após a menopausa, é importante investigar qualquer sangramento uterino, mesmo que a suspeita do câncer seja descartada’, informa o oncologista.


Câncer da vagina - É raro e representa aproximadamente 1% dos tumores ginecológicos. Os tipos que ocorrem são tumores escamosos, adenocarcinoma, melanoma e sarcoma. Comumente são tumores secundários, decorrente de metástases de outros órgãos da região ginecológica e do intestino grosso. ‘O tratamento varia de acordo com cada paciente. Pode ser cirúrgico ou radioterápico’, diz o médico.

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