De acordo com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer
(IARC), órgãos sexuais femininos correspondem a 19% dos casos de câncer que
surgem a cada ano em todo o mundo. Apesar disso, poucas mulheres conhecem – e,
consequentemente, previnem – os tumores ginecológicos.
Câncer do colo do útero - É o terceiro tumor mais frequente
na população feminina, atrás apenas do câncer de mama e do colorretal. De
acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), essa já é a quarta causa de
morte de mulheres por essa doença no país.
‘Na maioria dos casos, a doença está relacionada ao vírus
HPV, que é sexualmente transmissível. Por isso, a maneira que temos para
prevenir e diminuir o número de casos é reduzir consideravelmente o número de
parceiros sexuais, usar sempre o preservativo e fazer os exames ginecológicos
periodicamente’, explica o oncologista Alexandre Fonseca. É importante que a
mulher comece a fazer exames preventivos a partir da primeira menstruação. ‘O
uso da vacina é um método eficaz para as meninas que ainda não tiveram relações
sexuais, pois elas têm maior possibilidade de desenvolver anticorpos de
proteção ao HPV’.
Câncer do ovário – É mais difícil de ser diagnosticado. Na
fase inicial, não causa sintomas específicos, dificultando o diagnóstico
precoce. Em 75% dos casos, os tumores malignos do ovário só se manifestam em
estágio avançado. À medida que o tumor cresce, ele pode comprimir outros órgãos
e estruturas, produzindo sintomas como: aumento do volume abdominal,
constipação intestinal ou diarreia, dores em várias partes do corpo e massa
abdominal palpável.
Fique atenta: ‘O exame ginecológico de rotina associado à
ultrassonografia pode mostrar achados suspeitos, motivando a investigação com
novos exames complementares, como a tomografia e o marcador tumoral CA125. A
partir desses resultados, é indicada uma
cirurgia para diagnosticar e identificar o estágio da doença’, explica o
oncologista.
Câncer do endométrio - É o tumor de corpo uterino mais
frequente. Como os outros tipos, a falta de exames preventivos aumenta
significativamente a porcentagem de ocorrência e a possível mortalidade por
esse tipo de câncer. ‘O principal sintoma desse tipo de câncer é o sangramento
uterino anormal, sobretudo após a menopausa. Para comprovar o diagnóstico, deve
ser realizada uma biópsia do endométrio, especialmente se ele estiver alterado.
Após a menopausa, é importante investigar qualquer sangramento uterino, mesmo
que a suspeita do câncer seja descartada’, informa o oncologista.
Câncer da vagina - É raro e representa aproximadamente 1%
dos tumores ginecológicos. Os tipos que ocorrem são tumores escamosos,
adenocarcinoma, melanoma e sarcoma. Comumente são tumores secundários,
decorrente de metástases de outros órgãos da região ginecológica e do intestino
grosso. ‘O tratamento varia de acordo com cada paciente. Pode ser cirúrgico ou
radioterápico’, diz o médico.
FONTE: BOLSA DE MULHER
Nenhum comentário:
Postar um comentário